sexta-feira, 12 de junho de 2009

VOLKSWAGEN


História da Volkswagen
Mais de 50 anos de Brasil
Década de 30, século XX, Alemanha


A Volkswagen iniciou sua trajetória na década de 1930, na Alemanha, com o projeto de construção do automóvel Käfer, que ficaria conhecido no Brasil como Fusca. A primeira fábrica, chamada de KDF-Stadt (atual Wolfsburg), que só havia produzido algumas unidades quando a Segunda Guerra Mundial iniciou-se em 1939. Como conseqüência da guerra, sua produção foi adaptada para veículos militares, como o jipe Kübelwagen, o modelo anfíbio Schwimmwagen e o Kommandeurwagen.
1945 - Um futuro incerto
O carro e a cidade mudaram seus nomes da época da Segunda Guerra Mundial para, respectivamente, Volkswagen e Wolfsburg. Enquanto isto, a produção crescia. Como ainda era incerto o futuro da fábrica, a mesma foi oferecida a representantes de empresas automobilísticas britânicas, americanas e francesas. Todos a rejeitaram.
Após 1948, a Volkswagen se tornou um importante elemento simbólico e econômico da recuperação da Alemanha Ocidental. Heinrich Nordhoff (1899-1968), ex-gerente da área de caminhões da Opel, foi chamado para dirigir a fábrica naquele ano. Além da introdução do veículo comercial "VW tipo 2" (conhecido como Kombi) em suas versões de passageiros, furgão e camioneta, e do esportivo Karmann Ghia, Nordhoff seguiu a política de modelo único até pouco antes de sua morte em 1968.
A produção do "tipo 1", o fusca, cresceu enormemente ao longo dos anos no mundo todo, tendo atingido 1 milhão de veículos em 1954. A Volkswagen expandiu sua linha de produtos em 1967 com a introdução de vários modelos "tipo 3", os quais eram essencialmente variações de desenho de carrocerias ("hatch", três volumes) baseados na plataforma mecânica do "tipo 1".
Em 1964 ocorrera a aquisição da Audi/Auto-Union pelo grupo VOLKSWAGEN. A Audi possuía os conhecimentos tecnológicos sobre tração dianteira e motores refrigerados a água dos quais a Volkswagen tanto necessitava para produzir um sucessor de seu "tipo 1". A influência da Audi abriu caminho para uma nova geração de automóveis: Polo, Golf e Passat.
A produção do Käfer na fábrica de Wolfsburg cessou em 1974, sendo substituído pelo Golf. Era um veículo totalmente diferente de seu predecessor, tanto na mecânica quanto no desenho, com suas linhas retas desenhadas pelo projetista italiano Giorgetto Giugiaro. A produção do Käfer (Fusca) continuou em fábricas alemãs menores até 1978, porém a maior parte da produção foi deslocada para o Brasil e México.
Do Fusca para o Golf
A história da Volkswagen no Brasil começou em 23 de março de 1953, em um pequeno armazém alugado na Rua do Manifesto no tradicional bairro do Ipiranga em São Paulo. Nascia ali a Volkswagen do Brasil Ltda. De lá, saíram os primeiros Fuscas (na época ainda chamados de Volkswagen Sedan) montados com peças importadas da Alemanha. A força de trabalho da época era formada por apenas 12 empregados. De 1953 a 1957, foram montados nesse galpão 2.820 veículos (2.268 Volkswagen Sedan 1.200cc e 552 Kombi).
Em junho de 1956 o governo brasileiro proporcionou condições favoráveis para a instalação da indústria automobilística no País, fixando as bases estruturais para o rápido desenvolvimento do setor. Imediatamente, a Volkswagen decidiu construir sua primeira fábrica em São Bernardo do Campo.
No ano seguinte, em 2 de setembro, saía da linha de montagem o primeiro modelo da marca fabricado inteiramente em território nacional: a Kombi. Apenas 50% de suas peças e componentes eram produzidos no País. O primeiro Fusca (Sedan) montado aqui foi lançado em 3 de janeiro de 1959. Nesse mesmo ano foram vendidas 8.406 unidades do modelo que rapidamente se tornaria um estrondoso sucesso de mercado em uma época dominada pelos automóveis importados de grande porte. Até 1986 o Brasil produziu 3,1 milhões de unidades do lendário Fusca.
Em 18 de novembro de 1959 a Volkswagen inaugurou oficialmente a fábrica Anchieta em São Bernardo do Campo por onde circulou - a bordo de um Fusca conversível - o então Presidente da República, Juscelino Kubistcheck. Ele estava acompanhado pelo Governador de São Paulo, Carvalho Pinto, e os presidentes da Volkswagen da Alemanha, Heinrich Nordhoff, e do Brasil, Friedrich Schultz-Wenk. A imagem dos quatro dentro do Fusca conversível se tornou uma das fotos mais marcantes na história da montadora.
A empresa logo iniciou um profundo trabalho de desenvolvimento de fornecedores no País e, no final de 1961, o índice de nacionalização - tanto do Fusca como da Kombi - já atingia 95%.
Em 1962 a Volkswagen incrementou a produção local com o modelo Karmann Ghia, um carro esportivo idêntico ao original alemão. Foi sucesso de vendas até 1975, quando saiu do mercado com a soma de 41.634 unidades vendidas. Em 1969 foi a vez da primeira station wagon da marca, a Variant, remodelada em 1977. Logo depois chegou o modelo TL, que ficou no mercado de 1970 a 1975.
Em julho de 1970, após atingir os primeiros recordes de produção e vendas, a marca chegava ao primeiro milhão de veículos. Em março de 1972 o Fusca alcançava o número histórico de um milhão de unidades vendidas. Em 1973 foi lançada a Brasília, enorme sucesso pela praticidade e amplo espaço interno. O modelo vendeu um milhão de unidades até 1981, quando saiu de linha.
O aprimoramento na produção de veículos adequados às condições geográficas e econômicas brasileiras que atendessem às novas exigências e desejos do consumidor levou a empresa a lançar o Passat em junho de 1974. Produzido até 1988, o carro de porte médio, com motor de quatro cilindros refrigerado a água e tração dianteira, era completamente diferente de tudo que existia até então. Os modelos da época se caracterizavam pelo motor e tração traseiros e refrigeração a ar.
O carro foi sucesso absoluto no Brasil e no exterior - principalmente no Iraque, para onde foram exportadas 170 mil unidades. Em 1975, a montadora completava 3 milhões de carros produzidos no Brasil e colocava no mercado o SP-1, sucesso junto ao público jovem devido ao desing esportivo e arrojado.
Para aliviar a produção da fábrica Anchieta, em 1976 a Volkswagen inaugurou a unidade de Taubaté, então responsável pelo fornecimento de peças estampadas, injetadas e de tapeçaria.
Gol supera recordes do Fusca
Em 1980 a Volkswagen iniciou a produção da chamada Família BX, composta pelo modelo hatch Gol, sedan Voyage, station wagon Parati e picape Saveiro. O Gol foi criado para cumprir uma missão quase impossível: substituir o "lendário" Fusca. Apesar de suas inúmeras qualidades, poucos acreditavam que ele pudesse se tornar o sucessor da antiga paixão nacional na preferência do consumidor brasileiro.
O Gol não só conseguiu como acabou superando o Fusca. Hoje em sua quarta geração, continua batendo todos os recordes da história automotiva nacional: é o carro mais vendido no País pelo 21º ano consecutivo e é o best-seller da marca, superando 5 milhões de unidades produzidas.
Autolatina
O ano de 1987 foi marcado por uma forte queda do mercado automotivo. Visando reduzir os custos e melhor aproveitar os recursos disponíveis, a Volkswagen e a Ford uniram-se e criaram a Autolatina Brasil. Em sete anos, a Autolatina colocou no mercado vários carros híbridos, como Apolo, Quantum e Santana (lançado em 1984) da Volkswagen e seus "gêmeos" Verona, Royale e Versailles, da Ford.
Em 1988 foi lançado o Gol GTI, primeiro carro nacional com injeção eletrônica de combustível e ignição digital com mapeamento eletrônico. Em 1993 a marca Volkswagen comemorava 10 milhões de veículos fabricados no País e relançava o Fusca, aproveitando vantagens fiscais oferecidas pelo governo federal (gestão Itamar Franco) para a produção de carros populares.
Com a abertura da economia brasileira em 1994, e aquecimento das vendas internas, a indústria vivia um novo cenário. As duas marcas precisariam competir em todos os segmentos e, portanto, deveriam oferecer um portfólio de produtos individualizados e implantar estratégias comerciais independentes. Era o fim da Autolatina.
Dois anos após a separação, a Volkswagen investiu cerca de R$ 500 milhões na inauguração de duas fábricas no Brasil. Em 1996 a fábrica de motores em São Carlos (SP) abria as portas para, apenas alguns meses depois, ser ampliada e produzir novos motores para os modelos Golf e Audi A3. Em novembro do mesmo ano (1996) a fábrica de caminhões e ônibus, em Resende, estado do Rio de Janeiro, iniciava suas operações.
Em janeiro de 1999, com investimentos de R$ 1,2 bilhão, a empresa inaugurou a fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, onde uniu a produção do Golf e o Audi A3. Em outubro de 2006 o Audi A3 deixou de ser produzido no Brasil

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