quinta-feira, 11 de junho de 2009

O MERCADO EM NÚMEROS

Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), a produção brasileira de veículos alcançou as 2,61 milhões de unidades (3,1% acima de 2005). Com esses números, o ano de 2006, até então, foi o melhor de toda a história, garantindo assim, um recorde da indústria nacional.

Do total produzido, se considerarmos apenas os automóveis e os comerciais leves (com até 3,5t de peso bruto total), o ano de 2006 atingiu a marca de 1.694.280 veículos novos, nacionais, comercializados.

2007

A indústria automobilística bateu recordes históricos de produção, vendas e volume de exportações em janeiro de 2007 (levando-se em conta apenas os meses de janeiro).

Apesar de registrar recorde da vendas no mês de janeiro, o número de carros licenciados foi 12,2% menor que em dezembro. Foram vendidas 130.758 unidades em janeiro frente 148.931 unidades em dezembro. Em comparação com janeiro de 2006, houve aumento de 10,15%

Não somente janeiro entrou para a história. Segundo a ANFAVEA, as vendas de veículos novos entre janeiro e outubro ultrapassaram o recorde anterior de 1,94 milhões registrados em 1997, atingindo a marca de 1,98 milhões de unidades vendidas. Considerando o volume de vendas do ano, o setor superou a marca das 2 milhões de unidades vendidas.

2008

Segundo a ANFAVEA, para o ano de 2008, as vendas internas deveriam somar 2,88 milhões de unidades, representando um crescimento de 17,5% em relação às vendas do ano anterior.

A produção prevista de 3,240 milhões de veículo representaria alta de 8,9% sobre a produção de 2007, que fechou em 2,975 milhões de veículos.

O cenário favorável se deu devido à melhora das condições macroeconômicas do país, que geravam maior renda e consumo. Neste ano, as montadoras teriam crescimento na produção de 13,9% sobre 2006, e as vendas internas avançariam 27% na mesma base de comparação.

O primeiro semestre de 2008 registrou números expressivos nas vendas, atingindo a incrível marca de 1.239.736 unidades vendidas.

Em junho, o crescimento da indústria automotiva além das projeções obrigou os fornecedores das montadoras a produzir sob estresse.

Baixa capacidade ociosa, trabalho em três turnos sete dias por semana e certa tensão com os fabricantes de veículos foram situações rotineiras na cadeia produtiva, segundo relatos de fornecedores de peças.

A ANFAVEA revisou suas projeções e a indústria esperava produzir 3,42 milhões de autoveículos (automóveis, caminhões e ônibus), com crescimento de 15% em relação aos 2,9 milhões de unidades produzidas em 2007. A projeção anterior dava conta de incremento de 8,9% sobre 2007.

No segundo semestre, mesmo com crise econômica atingindo os países desenvolvidos, a indústria automobilística nacional continuava confiante no mercado, pois setembro de 2008 foi 31,7% melhor que o do ano anterior.

Em entrevista ao site Webmotors no mês de outubro, Jackson Schneider, presidente da ANFAVEA, se mantinha confiante.

“Nós mantemos todas as nossas previsões e acreditamos que vamos continuar crescendo no ano que vem. “Não do mesmo modo que agora, já que não dá para dizer que a crise externa não nos afetará, mas continuaremos crescendo”.

Os prazos de financiamento estão diminuindo por dificuldades na captação de crédito no exterior e também por receio do que a atual situação de mercado pode impor aos fabricantes, mas Schneider recomendou serenidade na análise do momento. “Nunca estivemos tão bem municiados para enfrentar uma crise externa como agora.”

Os números de outubro refletiam retração de 13,25% no volume de vendas se comparado com setembro de 2008 e queda de 9,95% em relação ao mesmo período de 2007.

Como medida emergencial, o governo anunciou a liberação de R$ 4 bilhões para os bancos administrados pelas montadoras. De acordo com a ANFAVEA, os efeitos da liberação serão imediatos.

Os carros financiados representavam 56% das compras. Em outubro de 2007, este número era de 65%.

Apesar do quadro desfavorável, a ANFAVEA manteve as projeções de crescimento com previsão de fechamento em 24%.

Em novembro, a indústria automotiva registrou o segundo mês no vermelho com queda expressiva de 26% devido a crise de crédito.

Acompanhando a desaceleração, o mês de dezembro o índice de vendas continuou prejudicado pela falta de crédito e aumento dos juros. Apesar da produção reduzida, para acompanhar a demanda desaquecida, as montadoras mantinham 305 mil veículos parados em seus pátios.

De acordo com o presidente da ANFAVEA, Jackson Schneider, o estoque ao final de novembro representava 56 dias, sendo 25 na indústria e outros 31 nas concessionárias.

A última vez que o setor registrou estoque tão alto foi em setembro de 2001, quando bateu 57 dias.

Além da queda de venda e produção, de 25% e 28,6%, respectivamente, o mês de novembro também registrou outros dados negativos: houve queda nas exportações de 7,8% e as indústrias registraram a primeira redução de postos de trabalho desde dezembro de 2006, com demissão de 480 funcionários.

O presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, afirmou em meados de dezembro que a indústria automotiva dependia de medidas, com efeito, a médio e longo prazo, além das emergenciais tomadas pelo governo, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Entre as reivindicações do setor estava a redução da taxa de juros e da carga tributária, que onera os veículos em cerca de 30%, na média.

Acompanhando a tendência, no mês de dezembro foram vendidas 107.781 unidades contra 168.546 de 2007, 148.931 de 2006 e 144.946 de 2005.

Em 11 de dezembro, o governo anunciou isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros novos com motorização até 1.000 cilindradas. Segundo a ANFAVEA, o valor do veículo popular teria uma queda de 5% a 7%. Já para os automóveis com mais de 1.000 cilindradas a 2.000 cilindradas, o imposto caiu de 13% para 6,5% (motor a gasolina) e de 11% para 5,5% (motor a álcool e flex). Carros acima de 2.000 cilindradas não tiveram redução.



2009

Com a isenção do IPI para veículos populares (segmento que representa cerca de 70% do mercado nacional), o ano começou com as vendas voltando a seu ritmo acelerado e se considerarmos os números do 1º trimestre, o ano de 2009 poderá quebrar novamente o recorde de vendas em um período de 12 meses.




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